Após o grande êxito de "Amar pelos dois", essa linda balada dos manos Sobral que apaixonou a Europa,
o nosso Festival da Canção tem procurado, sem êxito, uma canção que traga de novo para a ribalta
a nova música portuguesa.
Logo em 2018, outra balada venceu o certame nacional em Lisboa com "O Jardim",
de uma parelha feminina que ficou no último lugar do "Eurovision Contest", e em 2019, "Telemóveis", do bizarro Conan Osíris,
nem sequer passou à final. Em 2020, "Medo de sentir", mais uma balada de outro par feminino, Elisa/Marta Carvalho, venceu
por cá e não teve palco por lá, pois o Festival não se realizou devido à pandemia. No entanto, a canção era pouco susceptível
de impressionar.
O que acontecerá este ano?
Há boas composições, uma meia dúzia entre as 20 a concurso; as outras são banais e nada trazem de novo,
mas o nível geral parece-me bem superior aos anteriores.
Trago aqui, hoje, a 3ª canção que considero susceptível de sair vencedora: "CONTRAMÃO", com música do excelente Filipe Melo
e letra de Teresa Sequeira, será cantada por SARA AFONSO, uma farense com avós de Quarteira, que fará 20 anos em Maio
e que dá aulas de voz na Escola Superior de Música onde também integra uma banda de ‘covers’, tendo estudado no Hot Clube.
"Contramão", que faz parte da 1ª meia final em 20 de Fevereiro, bem justifica o título porque é uma cantiga optimista, fresca, rumando
contra o cinzento dos dias de hoje.
Simples mas terna, parecendo saída de uma caixa de música, vem na esteira do melhor de Janeiro e de Luísa Sobral.
Uma bonita canção!